Para quando as eleições vierem

Por Mauro Benevides 09/11/2023 - 09:00 hs
Para quando as eleições vierem
Mauro Benevides é jornalista e senador constituinte

Como soe natural, uma eleição para cargo público no Brasil é algo que desperta intensa mobilização, sobretudo a do ano vindouro, que se revestirá de inovações do próprio regulamento, distanciando-se daqueles que, no passado, assumiram tal posição, todos se deparando com especulações diferenciadas, deixando as correntes partidárias sequiosas quanto ao resultado final e conclusivo.

A ascendência do vitorioso será capaz de arrebanhar a confiança da opinião pública, incumbida de acompanhar as iniciativas que passarão a integrar a respectiva agenda de trabalho, compelindo aos grupos políticos a enquadrarem-se num roteiro que se ajuste à nova fase político-administrativa.

Mesmo ainda longe do prélio, discretas inserções vêm sendo disseminadas na mídia, entretanto, somente mais próximo conheceremos os que se disporão a postular os cargos de prefeitos e vice, além de vereadores, quando as perspectivas apontarem quem possui melhores condições de granjear a preferência popular, ao longo do embate para o qual se voltarão as atenções da nacionalidade.

Admite-se que o presidente da República manter-se-á numa postura de independência, orientando os correligionários para que atuem sem intercessões que deturpariam o equilíbrio entre legendas, cultivando a linha conciliatória por ele imposta desde os primórdios desse terceiro mandato como chefe de nossa Nação.

Isso não significa que Lula da Silva fique isolado diante da acirrada batalha, desde já, revelando-se predisposto a agir sutilmente, confiante na escolha de nomes que agreguem melhor capacitação para alinhamento com o governo federal.

Em relação ao Congresso, há uma tendência de apoios logo nos primeiros instantes, embora venham a surgir parlamentares que preferirão se guiar por caminhos adversos, aliando-se a lideranças e/ou siglas que demonstrem mais poder de persuasão junto à massa votante.

Nesse roteiro de elucubrações, cofiamos em que os novos gestores acrescentem a confiabilidade de argutos observadores, todos à espera dos primeiros esboços de realizações subsequentes, com ênfase nas demandas que cada comunidade almeja ver concretizada, prioritariamente.

Partindo desse princípio, dir-se-á “é ver para crer...”.